Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

Minha foto
Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

COLMAR, França

Numa viagem que já havia contado com belas cidades, tais como Paris, Reims e Strasbourg, eu, certamente, não esperava ficar tão impressionada como fiquei em Colmar e Eguisheim. Mas vamos deixar Eguisheim para o próximo round.

Eu já me considerava uma conhecedora da Alemanha e da cultura alemã e, naquela viagem, eu havia recém me familiarizado com o estilo bon vivant de vida dos franceses. Os Parisienses, certamente, sabem como passear pelas ruas ou ler jornais nos parques como se fossem parte do cenário. Como se estivessem lá para serem fotografados... Ou invejados.

Os alemães, por outro lado, além de saberem fazer cerveja, têm orgulho da sua pontualidade, e por que não dizer que eles têm também muito orgulho da sua burocrática, porém eficiente, rotina.

Quando, na minha vida, eu havia descoberto as duas informações anteriores, e tinha tido tempo suficiente para certificar e digerir ambas, eu cheguei em Colmar. Como se sonhar morar em, no mínimo, três outros países que eu havia visitado antes não tivesse me arruinado o suficiente...

Colmar é tão bem mantida, tão bem decorada com flores, tem construções em enxaimel tão intactas e ruas tão limpas que parece fazer parte de um conto de fadas, como aqueles dos Irmãos Grimm. Mas, ao mesmo tempo, a sensação de que você ainda está na França é inegável: comida gourmet, vinhos brancos sensacionais, o "ritual do garçom"...

Era domingo, quando a maioria das lojas e restaurantes fecham, mas eu tive a alegria de testemunhar a preparação e experimentar o melhor Brezel que já comi na vida, mudando completamente minha opinião sobre esse pão seco e de formato estranho.

Os canais, as lanternas nas casas e nas ruas, trepadeiras dando às construções um ar ainda mais rústico, as janelas típicas, a competição de qual cidade tem mais flores... Tudo isso faz o lugar parecer irreal, como se o viajante estivesse imerso num sonho que parece real demais para se crer.

Aquele pedaço de terra onde a organização alemã encontra a auto-complacência francesa: a verdadeira perfeição! Certamente “o melhor dos mundos possíveis” (Voltaire).


...

Fotos de Meiry Peruchi

For the English version, please go to My Lyrical Travel Journal







Nenhum comentário:

Postar um comentário